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Blake Lively x Justin Baldoni: A máquina de difamação de Hollywood e o controle de narrativas

  • Foto do escritor: renato cordova
    renato cordova
  • 17 de mar.
  • 2 min de leitura

A polêmica entre os atores Blake Lively e Justin Baldoni, que estrelaram juntos o filme É Assim Que Acaba, trouxe à tona o funcionamento da poderosa máquina de relações públicas de Hollywood, que atua nos bastidores para controlar escândalos e proteger a imagem das celebridades. O conflito, que resultou em ações judiciais mútuas, revelou como assessores de crise e estratégias de comunicação são usados para manipular narrativas e evitar danos à reputação.

O conflito entre Lively e Baldoni

Blake Lively acusou Justin Baldoni e sua equipe de promover uma campanha de difamação após ela denunciar suposto assédio sexual durante as filmagens. Baldoni, por sua vez, acusou Lively, seu marido Ryan Reynolds e seu agente de difamá-lo e tentar assumir o controle do filme. Ambos negam as acusações.

O caso expôs o papel de assessores de crise, como Melissa Nathan, que trabalhou com Johnny Depp e Drake, e Nick Shapiro, ex-vice-chefe da CIA, contratado por Lively. Mensagens reveladas mostram a intenção de "enterrar" adversários, destacando a natureza agressiva dessas estratégias.

A máquina de relações públicas de Hollywood

Hollywood sempre lidou com conflitos e escândalos de forma discreta, mas o advento das redes sociais trouxe novos desafios. Agentes de relações públicas agora enfrentam um cenário digital onde qualquer postagem pode viralizar, exigindo táticas mais sofisticadas para controlar narrativas.

Práticas como o astroturfing — criar uma falsa impressão de apoio ou oposição pública — são comuns. Bots e contas pagas são usados para disseminar desinformação e manipular a opinião pública, muitas vezes de forma sutil e difícil de rastrear.

Mudanças no cenário midiático

Antes, os agentes de relações públicas lidavam principalmente com a mídia tradicional. Agora, com as redes sociais, o controle da narrativa se tornou mais complexo. Celebridades e suas equipes podem moldar diretamente a percepção do público, mas também estão sujeitas a críticas e exposições imprevisíveis.

Apesar disso, grandes escândalos ainda dependem da cobertura da mídia tradicional para ganhar tração. O caso de Harvey Weinstein, por exemplo, foi revelado pelo The New York Times e pela New Yorker, mostrando que veículos de prestígio ainda têm um papel crucial em expor problemas sistêmicos.

O futuro do controle de narrativas

Enquanto o público se torna mais cético e informado, a indústria de relações públicas continua a evoluir, adaptando-se às novas tecnologias e plataformas. No entanto, o caso Lively x Baldoni serve como um lembrete de que, mesmo em Hollywood, nem tudo pode ser controlado — e que, às vezes, os conflitos escapam dos bastidores e ganham os holofotes.

A máquina de difamação e controle de narrativas de Hollywood pode ser poderosa, mas, em um mundo cada vez mais conectado, sua eficácia está sendo constantemente testada.


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